sábado, 26 de março de 2011




E deixo-me levar pelos caminhos ainda incertos de nossa volta
E seguro sua mão certa de que você também segurará a minha.
E aos encontros doces desse destino que é nosso, me entrego, certa de que eu serei sua e você será meu do jeito que sempre tivera que ser.

Sii Thomazini


" No entanto, para dizer a verdade, hoje em dia a razão e o amor quase não andam juntos"

William Shakesperare

O peso das palavras


Olho o papel e vejo que ele implora que eu lhe diga algo
Entra em contato com meu coração que mais desesperado está para escrever...
Dialogar com o papel é um meio seguro de dizer coisas
Não julga, não mente, apenas reproduz o que eu quero, o que sinto...
Legítimo, autêntico, fiel, exatamente como meu coração diz
Assim as palavras não ficam aqui
presas, sufocadas, implorando que eu as manifeste, as dê vida!
O papel entende minha dor não revelada a ouvidos humanos
O papel a congela, e só ganha "vida" quando alguém lê e interpreta a sua maneira
O papel e eu, desejos recíprocos, agora controlados.
Alivio o peso das palavras
O papel, o peso das folhas em branco...
"Que haja vida, mesmo sofrida".

Sii Thomazini

domingo, 20 de março de 2011




"Já conheço os passos dessa estrada, e mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida."

Fernando Young

"Sou o que sou porque vivo da minha maneira... Você procurando respostas olhando pro espaço, e eu tão ocupado vivendo... Eu não me pergunto, Eu faço!"

No fundo do quintal da escola - Raul Seixas               

sábado, 19 de março de 2011



Gostaria de não ter ouvido aquelas palavras. Mas ele disse, em tom alto e desagradável. Eu engoli, assim bem a seco mesmo. Bem odiando mesmo. Mas engoli. Já fez digestão e já virou nada, assim como todo o resto que vem dele.

Sii Thomazini


“Mesmo quando nossas esperanças fogem da realidade, e nós finalmente temos que nos render à verdade, isso só significa que perdemos a batalha de hoje. Não a guerra de amanhã.”

Grey´s Anatomy

sábado, 12 de março de 2011




Há uma garota no espelho
Eu penso quem ela é
Às vezes eu penso que a conheço,
Às vezes eu realmente gostaria de conhecê-la;

Há uma história em seus olhos,
Canções de ninar,sorrisos e adeus
Quando ela olha de volta pra mim ...
Eu me perco.

Sii Thomazini

"Ame com inteligência. Um grande amor não é aquele que priva você das coisas que mais gosta, não pede sacrifícios como provas, aliás, amor não precisa de provas. Se esse amor faz você perder amigos, controla seu telefone, seu e-mail, e até seu orkut (tempos modernos). Você está em um relacionamento obsessivo que tende ao fracasso."

Autor Desconhecido

E com certeza isso é muito real hoje em dia. Amemos sim, mas com inteligência. Aprendemos a nos dar valor e o "resto" virá como tem que ser.



"Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece."

Clarice Lispector


"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza, deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és…"
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 9 de março de 2011




Por muito tempo ouvi essa música e o clipe que é fantástico. As vezes gosto de coisas assim, todas fora de ordem, uma certa desarmonia, mas isso só as vezes e só de "longe".

Me aprisione sob você
(eu estou morrendo com toda essa dor)
Eu estou morrendo esta noite
(eu estou doente com toda essa dor)
Me assista desmoronar
(eu estou morrendo com toda esta dor)
Eu estou chorando esta noite

Adema - Giving In

terça-feira, 8 de março de 2011

Feliz Dia Internacional das Mulheres!

 

"... ela é um livro místico e somente a alguns a que tal graça se consente é dado tê-la".

Trecho de Elegia John Donne - adaptação Caetano Veloso

Feliz Dia Internancional das Mulheres!



Se minha dor sangrasse, estaria agora banhada em sangue
Entraria loucamente e desesperadamente em sua casa arrombando tudo, detonando tudo e imploraria a você que estancasse o sangue frenético que jorra de cada parte do meu corpo.
Te colocaria contra a parede, te faria tomar uma decisão, e me salvaria dessa dor em chamas.
Você em desespero não veria mais nada além do sangue, e acabaria se misturando a dor que mesmo causou.
Talvez nesse momento e só por esse momento eu estaria entregue por inteira em sua mãos.

Sii Thomazini


"Quero pedir que nunca roube, minta ou traia. Mas se precisar roubar, então roube meus aborrecimentos. E se precisar mentir, não minta que me ama. E se precisar trair, que traia a morte pois não poderia viver um dia sem você."

Do filme: Casa comigo?

sábado, 5 de março de 2011

Saúde Mental



Este texto foi lido na minha  faculdade de Psicologia na  primeira semana de aula e muito me chamou a atenção a ponto de compartilhar com vocês. Um pouco extenso mas valioso.



Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.
Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.
Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.
Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito.
O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele.
Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.
Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.
Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade.
Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.

Rubem Alves

"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo."

Luís Fernando Veríssimo

Alimente meu senso de humor
Alimente minha boca de sabor
Alimente meus olhos de cor
Alimente minha vida de calor

Doce Vida - Rita Lee


"Não grite alto sua felicidade, a inveja tem sono leve.''

Autor Desconhecido